17 julho 2013

Algumas coisas que toda Mãe de Autista gostaria que você soubesse – Colaboração dos Leitores.

 
 
via Instituto Priorit - www.institutopriorit.com.br/?p=1169  
1- Amo meu filho incondicionalmente, mais do que minha própria vida;

2- Eu e meu filho NÃO precisamos de sua piedade, precisamos de sua compreensão;

3- Tenho verdadeiro horror e repugnância a olhares tortos, enviesados e caras feias. Não temos nada a ver com sua intolerância, ignorância ou muito menos com seu preconceito;

4- Não trate meu filho como um ser inferior;

5- NUNCA faça perguntas do tipo: “ah, mas ele ainda não faz tal coisa? O MEU filho com esta idade já fazia”. Provavelmente, na sua idade, Bill Gates já havia amealhado seus primeiros milhões, enquanto você ainda conta seus reais; NINGUÉM gosta e nem deve ser comparado!

6- Se você quer minha amizade ou, ainda, não quer que eu me transforme em uma leoa, JAMAIS maltrate, destrate ou faça meu filho alvo de bullying;

7- Não trate meu filho como um ser inanimado. Autistas TÊM sentimentos! Atitudes e palavras inadequadas podem feri-lo e magoá-lo e você incorrerá no item 6 (despertando meu lado
leoa).

8- Se você é membro da família ou um amigo muito próximo , ESCUTE e ACEITE minhas orientações sobre como agir com meu filho. Sei o suficiente sobre o funcionamento de pessoas com TEA, enquanto, provavelmente, você não faz a mínima ideia sobre o assunto (salvo raríssimas exceções);

9- O item número 9 também é dedicado aos membros da família: NÃO insista na ladainha “mas esta criança não tem nada, isso é coisa da sua cabeça, o “Fulano” fazia a mesma coisa quando era pequeno e hoje está ótimo!”. Comentários como estes somente me exasperam e me cansam, não contribuem em nada;

10- Este item se aplica a tudo, a todos e a todas as situações e momentos de nossas vidas. Se você não tiver um comentário positivo a acrescentar, opte pelo silêncio. “Falar menos e ouvir mais” é uma das regrinhas de OURO da cartilha do bem viver. Justamente por este motivo, o Criador nos fez com dois ouvidos e uma só boca;

11- Eu PRECISO de ajuda em inúmeros momentos e sua contribuição sincera e bem intencionada será bem vinda. Se não souber como ajudar, experimente apenas me OUVIR. Desabafar, muitas vezes, me ajuda a organizar minhas ideias e me proporciona o afastamento necessário da situação para que eu possa dimensioná-la corretamente;

12- Jamais minimize ou compare minha situação. Saber que outros têm problemas maiores ou menores que os meus não torna minha vida mais fácil;

13- NÃO critique minhas atitudes e muito menos ouse julgar meus sentimentos. Você jamais saberia o que fazer em meu lugar, pois é praticamente impossível que saibamos o que fazer sem estarmos diretamente envolvidos na situação;

14- Vou lutar até meu último suspiro buscando melhor qualidade de vida para meu filho;

15- Sim, por mais que lhe cause estranheza, eu comemoro “pequenas” (aos seus olhos !) GRANDES ( em minha opinião !) conquistas de meu filho. O que para a grande maioria das pessoas é comum e corriqueiro, para mim é uma VITÓRIA e um MILAGRE. Cada nova palavra, cada gesto ou até mesmo um olhar compartilhado são valiosos demais para mim.

16- Você não é obrigado a conhecer tudo sobre Autismo e eu NÃO tenho esta pretensão. É fato que ninguém sabe tudo sobre todas as coisas. Mas tenho direito de exigir: RESPEITO e DIGNIDADE e não abrirei mão de fazê-lo pelo meu filho;

17- Se você pensa que autistas não têm voz, é porque você não conhece a força do GRITO das mães de autistas e do que somos capazes de fazer por nossos filhos.

COLABORAÇÃO DOS LEITORES:

18- JAMAIS insinue que o Autismo de nossos filhos foi causado por nós ou pelo “excesso de mimo” que nós oferecemos a eles. (Azize Santos Soares – Rio de Janeiro);

19- Sequer ouse pensar que meu filho é um “coitadinho”. (Vera Lúcia Sekine – Volta Redonda);

20- É terminantemente PROIBIDO olhar de cara feia para os momentos de birra de nossos filhotes.
(Pâmela Gonçalves);

21- Fica proibida também a seguinte indagação: ” mas será que ele ou ela vai ter vida normal?” O que é normal para uns, pode não ser para outros. (Elisangela);

22- Evite afirmações do tipo: “Ah, mas ele/ a é tão lindo, nem parece. Que pena!” Deficiência NÃO é sinônimo de falta de beleza! (Bruna Sathler);

23- Jamais aceite que qualquer profissional estabeleça prazo de validade para a evolução de seu filho.
(Lygia Teixeira);

24- Da série “perguntas que NÃO deveriam ser feitas NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM”: “Ah, mas ele já nasceu assim, “doentinho”? ” Autismo é uma Síndrome, um Transtorno. O preconceito sim é uma doença! (Karen Albiani);

25- NUNCA trate meu filho como se ele tivesse uma doença infectocontagiosa! Autismo não “pega”, mas o preconceito é uma praga altamente contagiosa! (Erika Emrich);

26- Ensine o seu filho a não ficar “encarando” o meu filho quando este estiver fazendo algum som, algum movimento dito “esquisito” para vocês. Aproveite este momento para ensiná-lo a respeitar uma criança diferente.(Vanely Morgenrotti Ferreira);

27- Amo meu filho autista incondicionalmente, mas este amor não impede que eu tenha vida própria e que priorize a mim mesma em alguns momentos. (Marlete);

28- Outra pérola da série “Perguntas que não deveriam ser feitas…”: “Mas você tem certeza do diagnóstico? Para mim isso é falta de surra!” (Mélanie Garção);

29- Entenda de uma vez por todas que meu filho NÃO é preguiçoso!!! Se você soubesse o quanto ele se esforça para viver e conviver neste mundo inóspito, você jamais diria tal absurdo! (Claudia Cristina Drumond Rodrigues);

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