21 abril 2010

Tecnologia e Autismo


Introdução

Considerar os avanços tecnológicos no campo da saúde remete, diretamente as condições do desenvolvimento político e econômico de uma dada realidade social.
Todavia, deve-se lembrar que a intercessão tecnologia e saúde ampliam as possibilidades do entendimento e do tratamento de doenças em geral. Através de pesquisas avançadas, com programas computadorizados, os profissionais de saúde se comunicam, com outro lado do mundo, tornando possível através dessa comunicação à troca de informação e a realização de consultas.
Os descobrimentos da tecnologia têm trazido grandes benefícios na área da saúde. Pesquisas, programas, internet, software, maquinários entre outros, veiculam a informação teórica, técnica, e metodológica mais acessível aos profissionais agilizando o tratamento do indivíduo.
Contudo os profissionais da área da saúde dentre os quais se incluem fonoaudiólogos e psicólogos apesar de usufruir das tecnologias, encontram escassez desses ramos no mercado de trabalho para tratar o autista. No que se refere ao autismo o fonoaudiólogo tem como tratamento para essa realidade a terapia fonoaudiológica, com intuito de avaliar e intervir junto a esse paciente no que se refere à linguagem e as relações interpessoais. Já o psicólogo ao atender o autista, também trabalhando no campo da linguagem, intervem no sentido de apresentar ao paciente a dimensão simbólica d
a linguagem para a constituição da realidade psíquica.
Ainda ao pensar o autismo também podemos considerar aspectos orgânicos e neurológicos. Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.
No ciberespaço, a tecnologia vem se tornando um outro aliado aos profissionais na área de saúde na condução de diferentes casos clínicos, aqui evidenciado o tratamento dos autistas na perspectiva do fonoaudiólogo e a psicologia.

Desenvolvimento

Saúde e desenvolvimento
O processo de constituição de um campo próprio de acumulação de capital em saúde pode ser visto pela formação das grandes indústrias que atuam no setor, conformando o chamado complexo industrial da saúde, sendo processo recente, e altamente dependente da inovação tecnológica e do próprio avanço científico no campo biomédico. A área da saúde representa um dos elementos centrais da terceira revolução tecnológica, baseada na biotecnologia e nas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC). A melhoria das condições de saúde da população não depende só do êxito das políticas de saúde, mas da combinação virtuosa entre desenvolvimento econômico e social, isto é, da compatibilidade entre economia de mercado, democracia e bem-estar coletivo.
O Sistema Único de Saúde mostra claramente as conseqüências geradas pela separação entre política social e política econômica. O sistema se efetiva em todos os lugares do território brasileiro enquanto norma (direito à saúde), mas não enquanto modernização, isto é, não enquanto existência de fato de serviços, equipamentos, profissionais e recursos financeiros. Os lugares que se encontram mais à margem dos processos atuais de modernização e inserção no mercado global são justamente aqueles onde o SUS encontra as maiores dificuldades para atrair e fixar profissionais, manter serviços qualificados e alocar recursos financeiros para serem investidos no sistema de saúde.
Um novo debate sobre saúde e desenvolvimento, foi baseado, na indagação a respeito dos conflitos políticos gerados ao separar a política econômica, voltada para o complexo produtivo da saúde, e a política social, voltada para a proteção social em saúde, está tomando corpo. Quando há uma clara dissociação entre saúde e desenvolvimento, seja porque a política econômica não está voltada para o desenvolvimento e a inclusão social ou porque o sistema de saúde não integra o esquema de proteção social, isto é, a saúde é responsabilidade individual, o resultado é a existência de um par não virtuoso. Essas diferentes combinações podem indicar modelos de associação entre saúde e desenvolvimento constituindo vias virtuosas, não virtuosas e de transição. O Brasil, ainda não possui um sistema de saúde capaz de garantir a saúde como direito ao mesmo tempo em que se consolidavam os processos de mercantilização do acesso e da formação do complexo produtivo da saúde.

Ferramentas de busca na web para pesquisa em saúde

O artigo retrata a evolução da sociedade intercalando a busca dos profissionais da saúde em informações e atualizações através do uso de computadores.
As autoras especificam os elementos essenciais da tecnologia, nos dias de hoje, devido ao grande número de informações existentes e a importância dos materiais citados para o desenvolvimento da pesquisa em saúde. Citam também, a internet, que proporciona aos profissionais rapidez em busca de informações, troca de idéias e acesso a dados diversos na forma de textos, sons e imagens.
Desde o avanço da tecnologia, através dos computadores, houve certa preocupação em obter dados seguros e a partir do estudo realizado, as autoras colocam que é preciso entender as peculiaridades dos diferentes tipos de ferramentas de busca na Web, detalhando como funcionam os sites de busca, quais são e como realizar uma seleção de informações.
Na área da saúde, estas informações devem ser de grande transparência, confiável e os sites utilizados devem conter bases de dados que sustentam o assunto a ser tratado como órgãos nacionais e internacionais, biblioteca virtual que permitem ações baseadas em informação relevante e atualizada, sites de institutos que permitem a pesquisa acadêmica, acesso a revistas científicas onde são publicados artigos atuais e o correio eletrônico (e-mail) devido a praticidade e agilidade durante a troca de informações, arquivos e programas por meio da utilização do recurso de transferência de arquivo.
A partir do estudo realizado, podemos perceber que a tecnologia foi de grande valia para a busca de informações, mas é necessário ficarmos atentos à procura de sites que contenham informações reais e consistentes.
Na internet existem quatro tipos de ferramentas de busca: Ferramentas de busca baseada em diretórios que realizam uma coleção de dados não preocupando em selecionar as informações e sim em colecionar o maior número possível de recursos;
Ferramentas de busca baseada em robôs que consiste em informações julgadas importantes, mas, para isto, é preciso inserir palavras chaves no código da web senão tornam-se sites irrelevantes, sem padronização, vulneráveis passando a ser sites duvidosos;
Ferramentas híbridas que oferecem diferentes fontes de informação que são organizadas e classificadas com diferentes critérios;
Ferramentas de meta busca onde são realizados uma pesquisa em vários sites de busca apresentando os resultados em uma única lista de classificação levando a um grande número de informações sem uma correspondente aumento de qualidade.
No final do artigo, as autoras apresentam um quadro especificando alguns refinamentos e siglas que podem ser utilizadas em sites de busca que facilitam o acesso a informações diretas e seguras, e concluem o mesmo, relatando que a internet é um recurso bastante utilizado entre as pessoas mas estas devem agir com habilidade recuperando as informações adequadas e as soluções desejadas.

Relato de caso-Privação sensorial de estímulos e comportamentos autísticos.

O autismo é uma síndrome comportamental de um distúrbio de desenvolvimento caracterizado por déficit de interação social. É conseqüência de uma encefalopatia não progressiva, de origem pré-natal, que terá conseqüências ao longo da existência do individuo, ainda que as suas manifestações mudem consideravelmente com a idade.
O desenvolvimento da linguagem se dá durante aos primeiros anos de vida e acompanha a todas as idades durante toda a sua vida. O aspecto natural da linguagem é questionado quando a criança começa a falar. Para o desenvolvimento da criança é relevante que haja interação entre as suas capacidades potenciais e influências de seus ambientes, além de estimulação social, afetiva e sensorial, acometendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo e relacional.
O diagnóstico tem variado a partir da busca de uma maior elaboração conceitual, feito do aumento de pesquisas na área. O nível intelectual não define o transtorno autista, mas na maioria dos casos é baixo. Não há nenhum teste neurológico, neuropsicológico ou de linguagem que possa ser utilizado para confirmar o diagnóstico.
A função do fonoaudiólogo com crianças autistas é a identificação dos aspectos para os quais, a criança mostra maiores habilidades para que sejam utilizados como apoio em atividades escolares e em abordagens terapêuticas de comunicação e de linguagem.
Na avaliação psicológica a criança apresenta padrão de comportamento de apego do tipo inseguro frente às relações interpessoais e, desta forma, seus recursos para enfrentar novas situações revelam-se insuficientes, gerando alto nível de ansiedade e evidenciando falhas na organização e integração do ego, falhas estas que prejudicam as funções adaptativas. A criança tinha distorção na cronologia, no ritmo e na seqüência das funções psicológicas envolvidas no desenvolvimento de aptidões sociais e de linguagem, não atingindo os padrões esperados para a sua idade e grupo cultural, especificamente quanto às habilidades sociais, responsabilidades, comunicação, domínio das atividades de vida prática, independência pessoal e auto-suficiência.
Na avaliação psicológica, o autista foi caracterizado como uma criança inibida frente ao ambiente social, devido ao episódio traumático, levando ao psicólogo a ver que a maioria das manifestações descritas é compatível ou com quadros, como aqueles decorrentes de privação biopsicosocial, transtorno reativo de apego ou o transtorno global do desenvolvimento (autismo) de baixo funcionamento cognitivo.
A conduta psicológica foi feita através de acompanhamento especializado por equipe multiprofissional na forma de programas estruturados para crianças com necessidades especiais como aqueles oferecidos pelas instituições especializadas em autismo.


Conclusão

A área da saúde tem dado ênfase ao trabalho interdisciplinar buscando a melhor forma de tratamento visando o social, as terapias, o psíquico e as tecnologias para cada área.
O fonoaudiólogo como profissional da saúde, atua não somente em questões referentes à comunicação, mas intervindo amplamente tendo por objetivo o desenvolvimento global da criança, e havendo uma intervenção interdisciplinar de diversos profissionais da saúde a áreas afins, onde encontramos também o psicólogo.
Mas não podemos esquecer que os programas de saúde oferecidos pelo governo não são suficientes para atender a população e solucionar os problemas existentes. A saúde e desenvolvimento social dependem da política econômica do país constituindo demais sistemas de saúde, onde o autista não é incluído em nenhum deste programas.
A tecnologia no contexto interdisciplinar cria meios de comunicação que podem beneficiar o relacionamento social. A primeira maneira de comunicação é quando essa realidade é divulgada, a partir daí o profissional de saúde passa a conhecer melhor as necessidades e se beneficiam em pensar em novas maneiras de tratar o paciente.
A segunda maneira é a tecnologia como mediadora da relação terapêutica, onde o meio de comunicação se dá dentro do consultório, contribuindo como canais de comunicação entre o paciente e o terapeuta.
A terceira maneira não é a tecnologia em si, mas o uso que o profissional faz dela, pois se o profissional não usar da criatividade para atender o paciente não adianta todos os recursos que a tecnologia oferece.
Para o profissional usar a tecnologia e criar um espaço para o autismo, ele tem que saber o que é o autismo e como intervir.

Referencias Bibliográficas
Cristina ACC, Pinhata EI, Aparecida SL. Relato de caso-privacao sensorial de estímulos e comportamentos autisticos. São Paulo 2008. www.scielo.com.br

Luiza ADAV, Eduardo PME. Saúde e desenvolvimento. Rio de Janeiro. 2007. www.scielo.com.br

Marisa IC, Honorato S. Ferramentas de Busca na Web para Pesquisa em Saúde.http://www.sbis.org.br/cbis


Trabalho realizado por Patricia Lopes

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