21 abril 2010

O Fonoaudiólogo nas Escolas

A postura dos fonoaudiólogos no ambiente escolar também mereceu a atenção dos participantes do Congresso, em um dos debates realizados. Maria Teresa Cavalheiro, representante do CFFa, defendeu que a escola não deve se tornar
um espaço para o atendimento clínico, pois esta postura poderia comprometer os verdadeiros objetivos da inserção profissional no sistema educacional.
De acordo com ela, são três as perspectivas do trabalho fonoaudiológico nas es-colas: a revisão da Resolução 309/2005 do Conselho Federal, que dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na educação infantil, ensino fundamental, médio,
especial e superior; capacitação do profissional para atuar na área e a criação da especialidade no segmento escolar. As orientações vão ao encontro das políticas do MEC e do Ministério da Saúde - MS referentes à saúde escolar. “O Ministério da Educação não quer profissionais que apontem patologias”, afirmou. Sobre o mesmo tema, a fonoaudióloga Bianca Queiroga, conselheira do CRFa-4ª Região, ressaltou que é necessário identificar e esclarecer o verdadeiro papel do fonoaudiólogo na escola, citando, como desafios, a formação do profissional, visão do professor relativa à atuação fonoaudiológica e necessidade de conhecimento das políticas públicas de educação. O debate foi finalizado com a participação de Jaime Zorzi, um dos prestigiados profissionais do país, que defendeu a necessidade de unificar os interesses da escola e do profissional em torno do mesmo objetivo: o desenvolvimento da criança. “É muito importante definir exatamente a atuação fonoaudiológica, para que o profissional possa apresentar seu trabalho nas escolas e se inserir no projeto de educação definido por ela”.

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