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Algumas coisas que toda Mãe de Autista gostaria que você soubesse – Colaboração dos Leitores.
1- Amo meu filho incondicionalmente, mais do que minha própria vida;
2- Eu e meu filho NÃO precisamos de sua piedade, precisamos de sua compreensão;
3- Tenho verdadeiro horror e repugnância a olhares tortos, enviesados e
caras feias. Não temos nada a ver com sua intolerância, ignorância ou
muito menos com seu preconceito;
4- Não trate meu filho como um ser inferior;
5- NUNCA faça perguntas do tipo: “ah, mas ele ainda não faz tal coisa? O
MEU filho com esta idade já fazia”. Provavelmente, na sua idade, Bill
Gates já havia amealhado seus primeiros milhões, enquanto você ainda
conta seus reais; NINGUÉM gosta e nem deve ser comparado!
6- Se
você quer minha amizade ou, ainda, não quer que eu me transforme em uma
leoa, JAMAIS maltrate, destrate ou faça meu filho alvo de bullying;
7- Não trate meu filho como um ser inanimado. Autistas TÊM sentimentos!
Atitudes e palavras inadequadas podem feri-lo e magoá-lo e você
incorrerá no item 6 (despertando meu lado
leoa).
8- Se você
é membro da família ou um amigo muito próximo , ESCUTE e ACEITE minhas
orientações sobre como agir com meu filho. Sei o suficiente sobre o
funcionamento de pessoas com TEA, enquanto, provavelmente, você não faz a
mínima ideia sobre o assunto (salvo raríssimas exceções);
9- O
item número 9 também é dedicado aos membros da família: NÃO insista na
ladainha “mas esta criança não tem nada, isso é coisa da sua cabeça, o
“Fulano” fazia a mesma coisa quando era pequeno e hoje está ótimo!”.
Comentários como estes somente me exasperam e me cansam, não contribuem
em nada;
10- Este item se aplica a tudo, a todos e a todas as
situações e momentos de nossas vidas. Se você não tiver um comentário
positivo a acrescentar, opte pelo silêncio. “Falar menos e ouvir mais” é
uma das regrinhas de OURO da cartilha do bem viver. Justamente por este
motivo, o Criador nos fez com dois ouvidos e uma só boca;
11-
Eu PRECISO de ajuda em inúmeros momentos e sua contribuição sincera e
bem intencionada será bem vinda. Se não souber como ajudar, experimente
apenas me OUVIR. Desabafar, muitas vezes, me ajuda a organizar minhas
ideias e me proporciona o afastamento necessário da situação para que eu
possa dimensioná-la corretamente;
12- Jamais minimize ou
compare minha situação. Saber que outros têm problemas maiores ou
menores que os meus não torna minha vida mais fácil;
13- NÃO
critique minhas atitudes e muito menos ouse julgar meus sentimentos.
Você jamais saberia o que fazer em meu lugar, pois é praticamente
impossível que saibamos o que fazer sem estarmos diretamente envolvidos
na situação;
14- Vou lutar até meu último suspiro buscando melhor qualidade de vida para meu filho;
15- Sim, por mais que lhe cause estranheza, eu comemoro “pequenas” (aos
seus olhos !) GRANDES ( em minha opinião !) conquistas de meu filho. O
que para a grande maioria das pessoas é comum e corriqueiro, para mim é
uma VITÓRIA e um MILAGRE. Cada nova palavra, cada gesto ou até mesmo um
olhar compartilhado são valiosos demais para mim.
16- Você não é
obrigado a conhecer tudo sobre Autismo e eu NÃO tenho esta pretensão. É
fato que ninguém sabe tudo sobre todas as coisas. Mas tenho direito de
exigir: RESPEITO e DIGNIDADE e não abrirei mão de fazê-lo pelo meu
filho;
17- Se você pensa que autistas não têm voz, é porque
você não conhece a força do GRITO das mães de autistas e do que somos
capazes de fazer por nossos filhos.
COLABORAÇÃO DOS LEITORES:
18- JAMAIS insinue que o Autismo de nossos filhos foi causado por nós
ou pelo “excesso de mimo” que nós oferecemos a eles. (Azize Santos
Soares – Rio de Janeiro);
19- Sequer ouse pensar que meu filho é um “coitadinho”. (Vera Lúcia Sekine – Volta Redonda);
20- É terminantemente PROIBIDO olhar de cara feia para os momentos de birra de nossos filhotes.
(Pâmela Gonçalves);
21- Fica proibida também a seguinte indagação: ” mas será que ele ou
ela vai ter vida normal?” O que é normal para uns, pode não ser para
outros. (Elisangela);
22- Evite afirmações do tipo: “Ah, mas
ele/ a é tão lindo, nem parece. Que pena!” Deficiência NÃO é sinônimo
de falta de beleza! (Bruna Sathler);
23- Jamais aceite que qualquer profissional estabeleça prazo de validade para a evolução de seu filho.
(Lygia Teixeira);
24- Da série “perguntas que NÃO deveriam ser feitas NUNCA, JAMAIS, EM
TEMPO ALGUM”: “Ah, mas ele já nasceu assim, “doentinho”? ” Autismo é uma
Síndrome, um Transtorno. O preconceito sim é uma doença! (Karen
Albiani);
25- NUNCA trate meu filho como se ele tivesse uma
doença infectocontagiosa! Autismo não “pega”, mas o preconceito é uma
praga altamente contagiosa! (Erika Emrich);
26- Ensine o seu
filho a não ficar “encarando” o meu filho quando este estiver fazendo
algum som, algum movimento dito “esquisito” para vocês. Aproveite este
momento para ensiná-lo a respeitar uma criança diferente.(Vanely
Morgenrotti Ferreira);
27- Amo meu filho autista
incondicionalmente, mas este amor não impede que eu tenha vida própria e
que priorize a mim mesma em alguns momentos. (Marlete);
28-
Outra pérola da série “Perguntas que não deveriam ser feitas…”: “Mas
você tem certeza do diagnóstico? Para mim isso é falta de surra!”
(Mélanie Garção);
29- Entenda de uma vez por todas que meu
filho NÃO é preguiçoso!!! Se você soubesse o quanto ele se esforça para
viver e conviver neste mundo inóspito, você jamais diria tal absurdo!
(Claudia Cristina Drumond Rodrigues);
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